A Fundação Rafael e Maria Rosa Neves Duque teve como fundador o seu filho João José de Oliveira Neves Duque que escolheu seus Pais para patronos. O Dr. João Duque determinou que a Fundação que quis criar viesse a ser designada “Fundação Rafael e Maria Rosa Neves Duque”, assim prestando merecido tributo e reconhecimento àqueles que foram os seus Pais. Na verdade, foi destes que recebeu grande parte do património com que se constituiu a Fundação mas, mais importante, foi deles que herdou o amor à terra que o viu nascer e crescer, à lavoura e às gentes do campo. Do exemplo dos Pais veio ainda a incorporar como estruturantes os princípios e os valores de trabalho, perseverança e solidariedade que regeram as suas vidas e de que vieram a beneficiar os que lhes foram próximos.

Dr Rafael Duque casou em 04/07/1920 com a senhora D. Maria Rosa de Oliveira Neves Duque e do casal nasceram quatro filhos de nome Jorge, Rafael, Feliciano e João, todos já falecidos.

O Jorge e o Rafael licenciados pelo Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, o Feliciano pela Escola de Medicina Veterinária de Lisboa e o João licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Todos eles deram provas da sua respectiva capacidade e mais não alcançaram devido a acidente ou doenças que os vitimaram. Assim o Jorge, para além de brilhante como aluno do Instituto Superior de Agronomia foi membro do Grupo de Forcados Amadores de Santarém onde fez jus à sua maneira de estar e ser. Exerceu a sua profissão no Norte de Moçambique vindo a falecer prematuramente em aparatoso acidente de viação. O irmão Rafael também faleceu, com uma vida ainda por viver, em resultado de doença incurável, e o Feliciano também faleceu inesperadamente.

A 18/04/2013, com 87 anos de idade, regressou João Duque à sua terra Natal e à companhia de todos os seus. Temos a obrigação de o receber com aplausos e da família e amigos honrarem a sua memória, ao mesmo tempo que lembramos a sua generosidade que o levou a criar uma Fundação com o seu património familiar e para além de praticar mais um acto de verdadeira nobreza de sentimentos e carácter ao ajudar quem deve ser ajudado.
Que Deus lhe dê o descanso de que é inteiramente credor e que os exemplos que deu frutifiquem.